terça-feira, novembro 06, 2007

Natural incerteza

Carcará que nada come,
Não coma meu buscar,
Sabiá que tudo canta,
Não cante com meu amar!

Deixe deixa estar, Paranã
Qué tu tirar pontas de Iaçã?
Traga mais energia, leve a flor do dia.

Ah!
Se fosse como aquela chuva,
Se nada me estrambelhasse,
Se tudo virasse companhia,
Não teria nem feito essa poesia,
Pois o passar do tempo marcará,
Se o que tenho o que apresento,
É poeira ou um cristal que eternizará,

Carcará, passe um pouco de fome!
Sabiá, não vou dizer seu nome!

Pequena palavra que encerra a canção
Grande ensejo dum pássaro-bezerrão!

Pelo menos

Trago-lhe um doce
Animo o seu dia
Moça no pires
Incrível magia
Retrata o querer
Entrega o saber
Sou alma isolada...

Pelo menos!

Cantiga do Poeta - Menino

Ritmo:
E- pá E- pá e pum!
Tum pá, tum pá, tum tum!

1 2 3.. vai!

To-que menina
Do meu coração
Toque mais alto
Essa bela canção!

Gata manhosa da garra macia
Não risque o disco, nem o meu violão!

Brinque, sorria,
Não pare, meu bem,
Cante gostoso,
Vocação você tem!

Tanta vontade que tenho e arrisco
Não afirmo ser mais que um irmão!

Case a cantiga,
Junte a canção,
Fale comigo,
A alma-canção!

Que lhe dou como poeta-menino,
Com virtudes de um bezerrão!

pã! pão!
póooooo!

Buscar Palavra

Carreguei meu sonho como uma idéia
Deixei a noite passar sem ao menos acordar
E não tive o tempo sincero de me desculpar

Outro dia é dia comum, desses que trabalhamos
Tudo padece de uma sublime cordialidade do dia
Mas é difícil não tomar a mente com uma breve poesia

Ou que seja para entender, disfarçar atenção desperdiçada
Pois vivo uma emoção de dose muito pouco moderada
E não controlo o que tenho para no final dizer

Vai entender.

Ou que não entenda mesmo, deixe a coisa seguir,
Ou seja frio para logo acabar, esqueçer na neve

Calo por um momento para nada, apenas para te refletir na alma,
Te acalmar com o tempo que brinca de noite, de madrugada.

Pelo menos você me deu a palavra-brincada, palavra-serena; plantada.
Que sempre tentará te alcançar!