sábado, novembro 19, 2005

Da janela donde vivo

Vejo das poucas cousas chatas
Algumas surpresas assim novas
Que devastam a vondade...

Da janela de casa vejo
Novidades inconstantes
Acidentes de trânsito reais

Da janela de casa vejo
Muitas cenas impactantes
O caos e histórias banais

Da janela de nossas vidas
Vejo eterna recordação
Pois assim lhe quero

Da janela de nossas vidas
Espero que entendas meu coração
Sou ser meio doido, te espero...

Longe de minha janela!
Perto de minh' lma
Do tempo que nos aguarda
E traz um emocionante acaso!

Inté!

quinta-feira, novembro 17, 2005



Debaixo das pedras
A terra esconde sementes
Fincadas em verdes casulos
De vermes refilados

.n.a.s.p.a.r.e.d.e.s.

Debaixo das águas
Restou somente a sede
Daquilo que sobrevive
Ao poluido desfiladeiro

.p.a.t.o.s.

Debaixo dos bancos
Não existem bombas
Apenas o indigesto
Estado imóvel

b.u.r.a.c.o.s.

quarta-feira, novembro 16, 2005

As 9 intempestades (Parte I)

Não existe coisa mais banal a dizer sobre tal fato. Mas entre escritos sempre podemos nos deleitar nos dizeres e... contar sobre momentos, devaneios da incerteza, negação dos pensamentos. Para contemplar de maneira mais ou menos racional é que cronologicamente (mesmo que perdido a tempos presentes) revelo tal causo.

Aos idos quartos de uma longa série, tive uma primeira sensação de não ter controle sobre quererismos e, dessa maneira surge idéias e vontades, uma até que meio desastrada, mas foi. Bastou papel, lápis e um bom amigo para insistir e transmitir recados. Um dia hei de comentar tal caso... Pois a segunda revelão viria em 2 seguintes anos, novamente como espanto tive a impressão além do simples sentido, um tanto já exagerado, sim, mas que foi de boa validez graças à figura ali imposta, que por hora tenho em coração.

E de tal órgão tenho a ficar destrambelhado. Com outra questão a vir, sobre alguém que me lutou, por querer mesmo, nem menos percebemos quando ali no banco alto da frente estávamos unidos por labiais contatos. Com isso digo que fiquei amargurado depois ao travessuras acontecer, palavras dizer e não entender a situação. Tudo, creio que já se lastimou em experiência e união amiga, mas, o tempo poderá revelar mais do que isso.

Pois a coisa não ficaria ali a toa... Entraria em outros percausos e tropeços, chegaria até então por saber da existência de pessoa muito contente com vossa pessoa que me traria em 2 tempos, num primeiro a certeza da felicidade na companhia e na atenção, e num outro momento, sem comentários, palavras... Palavras que direi num outro momento. Desse já me sinto sem falas.

fhsm

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terça-feira, novembro 15, 2005

Minha mente não mente

Quando me recuperei da minha retórica cardíaca do amor tive vontade de procurar uma pessoa - apenas - . Para assim entender sobre o que se passa, é necessário voltar umas boas e tantas da madrugada anterior a que estamos. Uma noite inesquecível, calamidades de minha sutil falta de nível para consigo mesmo que assim me deixo levar por tantas e tantas...

Mas tirando fato esse de lado e considerando o que é sério a esmo, reflito sobre o que levei para minha graciosa mulher, de leves contrastes com o tempo e firme como ponta de lápis acima dum papel em branco. Rabiscado. Comuniquei ao meu ego sobre a vontade de subir uns muros e cantarolar blues ie ie trai lá lá! Depois cair de alturas em pontes carregadas com concreto e pasta delimitadora.

Quando?

Isso aconteceu em nossas ordinárias horas de vida sem sentido. Pois o único sentido ao qual vejo noção é o dos lados e direções que não se ligam ao meu destino. Graças a alguma boa coisa. Uma boa fé. Depois disso deitarei. Entregarei meu ódio aos quadros e aos pixelizados monumentos da praça de Lisboa. Mas que besteira, mas que coisa boa.

Estorou a briga entre os tiranos e os fiascos da nossa sociedade. Pura mediocridade. Ainda bem que daqui, iremos sim ao lugar nenhum, lugar comum, impossível achar lugar real. Tem como voltar? Diga a mim a verdade. Novamente mediocridade.

E assim, uma imagem feita por mim, assim. Reticula de partes invisíveis me trazem novas razões para estabelecer posições, desatinar ambições - estranhos corações - dessas 9 intempestades. A seguir.

No line, lonely sorrow.




Entrei sem querer no meu próprio pensar
Falei em ti sobre coisas que me faz parar
.
Retratar uma retórica do momento
Perde-se no estado eufórico dum sentimento
.
Agora já foi o tempo de retornar
De novo digo que vou ter que parar
.

Plínio Nogueira

Caminhos


Tem os que levam
Para qualquer lugar
Tem os que trazem
De tudo um pouco

Tem os de andar
Os de tracejar
Se perder...

Trilhas estreitas
Vazias
Cheias de armadilhas

Lugares felizes
Donde fugimos
Rindo caimos

Nos diversos
CAMINHOS

Regressão

Certa vez em algum lugar não tão distante de um bar do Largo da Concórdia observei uma imensa briga entre um jovem casal. Nem por pouca vontade e de tal forma fiquei contagiado em curiosidade por saber o motivo da gritaria erradiada daquelas pessoas que entre uma garrafa de cerveja e um tapa-xingo, se jogavam entre as mesas enlatadas do Seu Arruda, o novato gerente do Bar...

Por hora vai, e hora vem, a coisa tal de briga não se acalmava e os animos indo para outra esfera, se aglomerando com raiva, sangue, ditos verdadeiros, rasgos, lágrimas e com toda ladainha das brigas de casal. Até que em certo alto situação do empate de divergências, a parte feminina se deixa por sair a correr pelas ruas centrais paulistanas até cair na segunda sargeta! hummm... E a lama subiu ares e se alastrou no corpo ralado da moça que simplesmente caiu, tossiu, chorou e assim permaneceu. Nada daquilo deveria acontecer, todos já eram crescidos e vividos com suas experiências amorosas e affairs. No entretanto da vida se curvaram ao banalismo teatral dos desencontros e vieram a baixar todas as raivas sacralizadas dos que pretendem se juntar.

Nem por isso, a noite acaba, realmente por honesta conduta acho que festas assim do sentimento aguçado trazem desafios ao pensar...

[ No pé só ]

Oyehh!

O som que vou te mostrar
Tu dança em qualquer lugar
Claro minha nega é muito simples
Só deixa minha birita eu tomar

Lá Lá Lá Lá! AHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Agora que a sede já passou
Entrar na pista agora vou
No passo do calcanhar
Numa perna vou balançar!

E vem,
E vai,
E olha!

Olha como eu danço num pé só!
Olha como eu danço num pé só!

(Repeat Chorus)

Go! Break Break yeah!

Chorus in Fade out

segunda-feira, novembro 14, 2005

Cruzes Luzes!


Corram pois o papagaio sumiu
Macacos ao raio que te parta!
Deixou tudo o que trouxe e caiu
E escreveu uma última carta!

Chatice

Ao pensar no futuro caminhei por uma longa avenida. Uma linha de pensamentos chatos e pessimistas, sobre inúteis passagens e necessidades. Virtuosas brincadeiras da vida, ó indescritível vida, traga a dedicada errada assim pessoa querida.

Cansei
Pensei
Procurei

Não tenho mais causa
Tenho sim seu tolo
Sim, muita verdade
Nessa idéia jogada

Tempus Amenus


Respostas
Postas
No jogo
Feliz
Aprendiz
Do tempo
Carregado
Abençoado
Tal dia
Da vida
Saudade
Novidade
É hora.

domingo, novembro 13, 2005

Um lema

E um poema a um doido triste
Um tema.
E um poema a uma idéia que persiste
Uma pena.
Quebrei a casca do ovo para lamber a gema
Uma cena.
Nem vou lhe dizer mulher sobre o fim deste poema.

...

DO FUNDO DE MEU QUINTAL

No momento em que voltava para casa, percebi um canto estranho, desses que aparecem somente nas primaveras geladas tão poluídas e que despertam sentimentos vazios. Digo isso, pois, acabei de encontrar um senhor, meio louco assim, meio falante que, ali na Praça do Sapo, quintal de meu Palácio, recitava uma espécie de cantoria Tupi-Guarani sobre diversas coisas da vida.

É fato mencionar a questão de ser Tupi, na medida da divina sonoridade ali presente que comovia os ares daquele lugar. O tema variava entre motes do mundo, das pessoas e dos sentimentos em geral. Acho eu, que aqueles discursos eram de alguém com agonias dum passado não resolvido. Não consegui um minuto parar e pensar sobre como as palavras daquele homem poderiam ser adequadas ao pensamento dum humilde cego, cujo lápis encosta-se com as palavras aqui lidas por vossa pessoa.

Eis que o ôme, em voz estridente e rouca delineava o causo do amor, como distúrbio da linguagem propriamente dita; uma insensatez entre a razão e o prazer; o sentimento e a necessidade. Talvez seja por isso que falam tanto desse troço e nunca conseguem definir nada. Inútil verdade em não se queimar com amores invisíveis... Por indagação própria, tenho saudade do tempo em que amei e da maneira como tal fato ocorreu. Mas sou difícil nos sentidos, tenho um coração de retórica incomunicável. Coisa minha. Como se não fosse inerente ao amor e às pessoas...

Em outro momento, ouvi sobre o sentido falado da vida que nada mais era do que a vontade do ser paciente; ator em caos dum filme sem letras, apenas com rótulo dedicado aos cadernos culturais da nossa existência. Devido à minha cegueira de rua e alma aprendi a falar com os sentidos. A entender que é mais difícil ser diferente a não se deixar levar pelas mesmices daqueles que não enxergam o mundo ao redor. Um cosmos dedicado aos princípios da busca por algo e nunca relacionado aos deveres próprios da realidade realizada.
Agora, se achas que estou a falar em demasiado ou se minha história é só devaneio indelicado, PARE, volte para algum território vazio de efemeridades inconstantes. Não quero ser chato ou deprimente, entretanto sou destes que se perde nos pensares, até porque não mastigo olhares urbanos, profanos de calamidade, reflito na minha própria irreal vontade. Um sentido que posso lhe oferecer é fazer o pensar sobre palavra iletrada, som não ritmado nas pequenas sensações do cotidiano. Nada mais, tudo e tanto. Faço a deixa para contar sobre a questão da inquietude dos sons, verdade imbatível segregada pela força de vontade que deixou aquele notório forte da praça a cantarolar um único ponto de fuga vislumbrado por Villa Lobos, o ponto sem reflexo receptivo, mensagem abstrata.

E, por essas e outras que ouço o cantar dos pássaros nas tardes imediatas da vida. Converso consigo mesmo, afinal, quem não há de discutir com o pensar e depois de virar-se em pranto, começa a sorrir para refletir e voltar. Deixo, por motivo incerto, uma mensagem errada sobre o que vejo da alma, uma espécie de querer supra-absurdo e negado nas constantes da vida. Dizer adeus é bobagem e nem por isso descansarei aqui em casa sem antes dizer um até breve pelo menos, pois, parece que é assim que os pássaros cantam aos que passam solitariamente.

sábado, novembro 12, 2005

O nascer da idéia apática

"E se fez deste caractere uma forma de expressar o sentimento. O feliz momento de inúteis ídéias, caracterizações de alegria, tristeza, raiva -revolta, enfim.. Devaneios do falar, nada mais do que parar e destrinchar aquela coisa sem nome nem roteiro. "


RECONHEÇO

Erro em perseguir o erro tormento
Que me fez voltar e novamente sorrir
Derrubando o meu pobre pensamento
Não deixando assim eu querer resistir

Quando assim sair destas falácias
E cair na real pureza das atitudes
Sentirá mais ódio pelo tempo perdido
Na admiração das idéias paralelas

Claro que deverás lembrar delas
Homenagear assim como antes fez
Ao chegar trovando seu espetáculo
Do amor de carência pessimista

Saberá conviver com a paciência
De quem cria e vive consigo mesmo
Sem o dever das cirscunstâncias
No breve passar do futuro escreverás


FHSM

[ Churras da Destruição ]