terça-feira, novembro 06, 2007

Natural incerteza

Carcará que nada come,
Não coma meu buscar,
Sabiá que tudo canta,
Não cante com meu amar!

Deixe deixa estar, Paranã
Qué tu tirar pontas de Iaçã?
Traga mais energia, leve a flor do dia.

Ah!
Se fosse como aquela chuva,
Se nada me estrambelhasse,
Se tudo virasse companhia,
Não teria nem feito essa poesia,
Pois o passar do tempo marcará,
Se o que tenho o que apresento,
É poeira ou um cristal que eternizará,

Carcará, passe um pouco de fome!
Sabiá, não vou dizer seu nome!

Pequena palavra que encerra a canção
Grande ensejo dum pássaro-bezerrão!

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